quarta-feira, 7 de março de 2012

Um dia de verão.


Um dia, eu tenho a certeza de que chegarão à importantíssima conclusão de que o verão é uma merda. E que a vulgaridade das roupas não é nada elegante, muito menos algo bonito de se ver. Suor, irritação e cabelos sujos – mesmo tendo acabado de sair do banho, são coisas normais de se ver num inferno de 40ºc. Mas não, mesmo assim tem quem o ache a “oitava-maravilha-do-mundo”.

E tem mais. Sempre tem quem reclame do verão e peça – de falso modo, por um inverno extremamente rigoroso. E convivemos com aquela pessoa todos os meses de: “Vá embora verão filho-de-uma-puta”. E a mesma, concorda plenamente com tudo o que tu dizes a respeito, e ainda argumenta várias coisas que nos fazem pensar: “Nossa, tu realmente odeia com todas as forças tudo isso”.

Aí, até que enfim chega o tão esperado clima-perfeito. Que no meu entendimento é impossível alguém ter a ousadia de reclamar. Mas não, a primeira coisa que tu vê logo após criar coragem pra por a cara fora da sua jaqueta-tamanho-família, é o boyzinho intelectual, que queria edredom, livros e um café quente. Que passou o verão todo reclamando e implorando por um “inverno-rigoroso”.

Sem contar que no verão a indisposição vem à tona. E nada é satisfatoriamente agradável em tardes intermináveis. Ter de viver à base de ar-condicionado, ou se aglomerar em uma piscina cheia de pessoas com várias doenças. E a cada passo que dá, dentro da mesma, imagina milhões de coisas que podem estar submersas, naquela água podre de anos.

Não sou a favor de piscinas em clubes, onde todos tentam se achar o gostosão, sem ter nada de conteúdo a mostrar. E alguns abobados achando o máximo, meninas que recém saíram das fraldas, exibindo-se no auge dos 12 anos, à procura de um pai para o próximo filho.

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