Um dia, eu tenho a certeza de que chegarão à importantíssima
conclusão de que o verão é uma merda. E que a vulgaridade das roupas não é nada
elegante, muito menos algo bonito de se ver. Suor, irritação e cabelos sujos –
mesmo tendo acabado de sair do banho, são coisas normais de se ver num inferno
de 40ºc. Mas não, mesmo assim tem quem o ache a “oitava-maravilha-do-mundo”.
E tem mais. Sempre tem quem reclame do verão e peça – de
falso modo, por um inverno extremamente rigoroso. E convivemos com aquela pessoa
todos os meses de: “Vá embora verão filho-de-uma-puta”. E a mesma, concorda
plenamente com tudo o que tu dizes a respeito, e ainda argumenta várias coisas
que nos fazem pensar: “Nossa, tu realmente odeia com todas as forças tudo
isso”.
Aí, até que enfim chega o tão esperado clima-perfeito. Que no
meu entendimento é impossível alguém ter a ousadia de reclamar. Mas não, a
primeira coisa que tu vê logo após criar coragem pra por a cara fora da sua
jaqueta-tamanho-família, é o boyzinho intelectual, que queria edredom, livros e
um café quente. Que passou o verão todo reclamando e implorando por um
“inverno-rigoroso”.
Sem contar que no verão a indisposição vem à tona. E nada é
satisfatoriamente agradável em tardes intermináveis. Ter de viver à base de
ar-condicionado, ou se aglomerar em uma piscina cheia de pessoas com várias
doenças. E a cada passo que dá, dentro da mesma, imagina milhões de coisas que
podem estar submersas, naquela água podre de anos.
Não sou a favor de piscinas em clubes, onde todos tentam se
achar o gostosão, sem ter nada de conteúdo a mostrar. E alguns abobados achando
o máximo, meninas que recém saíram das fraldas, exibindo-se no auge dos 12 anos,
à procura de um pai para o próximo filho.
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